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Curiosidades sobre a Série Vaga-Lume

Curiosidades sobre a Série Vaga-Lume

Descubra fatos curiosos sobre a série Vaga-Lume: um grande sucesso editorial dos anos 70.


No início dos anos 70 um inseto usando boina e tênis pousou nas mãos dos leitores de todo Brasil. Junto com ele, foram lançados mais de 70 títulos diferentes voltados para o chamado público juvenil. Foi a primeira vez que uma editora de grande porte (Ática) colocou no mercado um projeto editorial ousado, convidando escritores renomados a produzirem novelas exclusivamente dedicadas aos jovens brasileiros. Marcos Rey, Maria José Dupré e Lucia Machado de Almeida foram alguns deles.
A série Vaga-Lume foi e (ainda é) um grande sucesso, abrindo os olhos dos editores e do mercado para um público até então pouco contemplado por eles. Por meio de suas obras recheadas de ação, aventura e mistério, jovens leitores viveram romances, desvendaram crimes  e embarcaram em longas viagens para lugares fantásticos.
Todos os livros vinham acompanhados de um folheto com informações sobre a obra e algumas perguntas para entendimento da mesma. Esse formato de publicação virou referência e, hoje em dia, muitas editoras investem no mesmo modelo em suas publicações dirigidas às escolas.
A coleção, que completou 41 anos 2013,  continua fazendo sucesso. Alguns de seus volumes venderam mais de 2 milhões de exemplares e a cada ano a editora continua lançado novos títulos.
O blog Homoliteratus listou uma série de curiosidades sobre essa coleção, que você vai adorar conhecer.
* A editora não divulga números, mas estima-se que somente a obra A Ilha Perdida, de Maria José Dupré, já ultrapassou a marca de 2,2 milhões de exemplares vendidos.
* A série ajudou, e muito, a fortalecer e consagrar a Editora Ática, que recentemente informou que pretende relançar a coleção em formato digital.
* Um dos maiores sucessos da série, O Escaravelho do Diabo, de Lúcia Machado de Almeida (1910-2005), foi lançado primeiramente em 1956 como um folhetim da revista O Cruzeiro.
* Inicialmente, a série se caracterizava pela presença de obras já consagradas, de autores idem. Já na segunda década após seu lançamento, tanto os textos quanto os autores passaram a ser inéditos. Um destes autores inéditos era Marçal Aquino. Quando foi convidado para escrever por Fernando Paixão, editor da série na época, Marçal era repórter do Jornal da Tarde e nunca havia escrito uma linha sequer para o público infantojuvenil.
*  Em contrapartida, outro escritor da série, Marcelo Duarte, nunca publicou nenhum livro de ficção fora da coleção Vaga-Lume. O jornalista, escritor e dono da Editora Panda Books publicou seus cinco livros de ficção na série, e vendeu mais de 240 mil exemplares.
* Em 1980, quando foi informado pelos editores responsáveis pela Coleção Vaga-Lume sobre a tiragem pretendida para seu livro, um atordoado escritor de pseudônimo Marcos Rey não acreditou. Os editores da Ática reiteraram: 120 mil exemplares.
* Marcos Rey, pseudônimo de Edmundo Nonato, era nesta época um escritor já reconhecido de contos e romances adultos, porém estava acostumado com tiragens que não ultrapassavam três mil exemplares.
* A aposta em Marcos Rey foi alta – e certeira. O Mistério do Cinco Estrelas, de 1981, vendeu mais de 2,5 milhões de exemplares. O autor escreveu o livro em dois meses.
* Atualmente, porém, os mais de 15 livros lançados por Marcos Rey estão fora da coleção Vaga-Lume.
* Um dos criadores da série, Jiro Takahashi, hoje editor do selo Prumo, da Editora Rocco, afirma que o sucesso da coleção se deu por conta de uma série de fatores, sendo o principal deles o baixo preço dos livros. Altas tiragens permitiam preços muito baixos, que por sua vez facilitavam a adoção das obras por escolas.
* Outro ponto importante para a aceitação em sala de aula eram os encartes chamados Suplementos de Trabalho, que traziam atividades didáticas ligadas ao livro.
* Milton Rodrigues Alves, um dos ilustradores da série, conta que, para ilustrar O Caso da Borboleta Atíria, passou muitas e muitas horas em um Museu de Zoologia. “Não tínhamos internet, e a melhor maneira de saber a forma de um Dynastes Hercules era indo ao Museu”, conta Milton.
* O Escaravelho do Diabo, de Lúcia Machado de Almeida, em breve sairá das estantes diretamente para as telas de cinema. A obra está em fase de pré-produção, e terá direção de Carlos Milani.
* E O Escaravelho do Diabo não é o único. O Mistério do Cinco Estrelas (1981), O Rapto do Garoto de Ouro (1982) e Um Cadáver Ouve Rádio (1983), todos de Marcos Rey, tiveram seus direitos adquiridos pela produtora RT Features, e começam a ser filmados no final de 2013. A previsão de estreia é julho de 2014.
E você, qual o seu livro favorito dessa coleção?