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A árvore dos desejos

A árvore dos desejos

O livro de William Faulkner, A árvore dos desejos, confronta o leitor com alguns questionamentos interessantes acerca da natureza e das consequências do desejo. Ao mesmo tempo em que o desejo é sinal de vida pulsante no ser humano, ele também oferece riscos quando se deseja demasiadamente, egoisticamente ou desordenadamente.


Resenha
O livro de William Faulkner, A árvore dos desejos, confronta o leitor com alguns questionamentos interessantes acerca da natureza e das consequências do desejo. Ao mesmo tempo em que o desejo é sinal de vida pulsante no ser humano, ele também oferece riscos quando se deseja demasiadamente, egoisticamente ou desordenadamente. A satisfação de todas as ambições de uma mesma pessoa pode desfalcar outra da realização dos seus desejos, como nos dá a entender a figura de São Francisco, o guardião dos bichos e da natureza, nesse conto sensível que acompanha o dia em que a esperta Dulcie faz aniversário. Tudo acontece depois de ter entrado na cama com o pé esquerdo na noite anterior, senha para abrir os portais de mundos fantásticos. Naquela manhã, Dulcie sai acompanhada dos amigos de sempre para uma aventura, no decorrer da qual vão se agregando outras figuras enigmáticas como o menino ruivo e seus poderes maravilhosos, e o velhinho Egbert, um sonhador saudosista e incompreendido. Em meio a surpresas e deslumbramentos, surgem os perigos, para deixar tudo mais excitante nessa história em que o aclamado escritor de O som e a fúria, ganhador do Nobel de Literatura, escreveu especialmente para crianças.
Trecho do livro
“… Mas vamos supor o seguinte: se a árvore tivesse mil folhas, e se de mil crianças cada qual pegasse uma, a próxima que viesse não teria mais nada o que pegar, não é? – É, não teria, não – Dulcie disse. — Um desejo que se tem assim desse modo, portanto, é um desejo egoísta, não é mesmo?”
P. 47