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Contos da nova cartilha: primeiro livro de leitura

Contos da nova cartilha: primeiro livro de leitura

Segundo Belkiss J. Rabello, que escreveu a capa desse livro, Tolstói, depois de contar uma história a um de seus netos, perguntou-lhe se havia gostado dela; e ele respondeu que a babá contava muito melhor. Tolstói, o “pedagogo do universo”, sabia que as melhores histórias são aquelas que estão guardadas nos corações das pessoas simples, por isso as histórias contidas neste livro são marcadas pela simplicidade e pelas alegorias das lendas, dos contos, das fábulas e das formas breves – como as adivinhas – recontadas pela voz do povo.


Resenha

 Segundo Belkiss J. Rabello, que escreveu a capa desse livro, Tolstói, depois de contar uma história a um de seus netos, perguntou-lhe se havia gostado dela; e ele respondeu que a babá contava muito melhor. Tolstói, o “pedagogo do universo”, sabia que as melhores histórias são aquelas que estão guardadas nos corações das pessoas simples, por isso as histórias contidas neste livro são marcadas pela simplicidade e pelas alegorias das lendas, dos contos, das fábulas e das formas breves – como as adivinhas – recontadas pela voz do povo. Nisso, o livro dialoga com as concepções de Walter Benjamin sobre o narrador como aquele que passa um ensinamento exemplar e se representa nas figuras do viajante e do camponês. Além da orelha que apresenta o autor na sua vida dedicada à educação, o livro traz ainda uma apresentação da produção intelectual do autor feita pela estudiosa Aurora F. Bernardini. Nota-se que a tradução dedicou-se a manter o vocabulário simples empregado pelo autor, pois propicia fácil acesso à cultura russa. É um livro que merece ser lido e apreciado pelos jovens adolescentes.

Trecho do livro:

 “Um homem tinha uma galinha que botava ovos de ouro. Ele quis ter todo o ouro de uma vez e matou a galinha (pensou que dentro dela haveria uma grande bola de ouro); mas ela era igual a todas as outras galinhas.”

P. 113