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Espinho de arraia

Espinho de arraia

Espinho de Arraia leva os leitores para a Floresta Amazônica, onde oito irmãos vivem juntos após perderem seus pais.


Mais uma obra-prima de autoria do premiadíssimo Roger Mello, Espinho de Arraia leva os leitores para o meio da Floresta Amazônica, onde oito irmãos vivem juntos após perderem seus pais. Lá, eles aprendem a conviver e fazer uso da fauna e da flora locais para criar códigos de conduta que garantam sua sobrevivência, como contar com as borboletas amarelas caso algum deles se perca do grupo. Evocando a tradição oral, a obra não tem narrador, mas sim conta com uma conversa entre os meninos a partir de um quadro de febre e alucinação de um deles decorrente de um espinho de arraia em seu pé. Evocando elementos reais e fantásticos, Roger Mello cria uma narrativa encantadora que mescla lembranças, sentimentos e acontecimentos concretos permeada por elementos da cultura amazônica.

Quem é o autor de “Espinho de arraia”?

Selvagem - Roger Mello

Nascido em Brasília, Roger Mello aprendeu cedo o poder dos livros. Foi para o Rio de Janeiro, estudou desenho industrial e começou sua carreira como ilustrador trabalhando com Ziraldo. Ele diz que sua passagem da ilustração para a escrita foi muito natural, principalmente porque sempre leu muito e considera cada obra que cria como um segredo dividido com leitores. Seus livros trazem cores fortes e traços característicos e passeiam muitas vezes por entre recontos de lendas e histórias do folclore nacional. Roger tem alguns livros autorais e outros em parceria com escritores e ilustradores. Em 2014, Roger Mello recebeu a medalha Hans Christian Andersen, maior reconhecimento da literatura infantil, sendo o único ilustrador brasileiro vencedor dessa categoria na história do prêmio.

Por que escolhemos este livro para enviar aos assinantes do Clube de Leitores A Taba?

Correspondendo a 49% de todo o território nacional, a Floresta Amazônica é berço de milhares de espécies vegetais e animais e lar de cidadãos compreendendo populações urbanas, ribeirinhas e indígenas que têm a floresta como fonte de manifestações musicais, alimentares e culturais particulares à região.  Os brasileiros que vivem distantes desta realidade têm a oportunidade de conhecê-la através da valorização e consumo dessas manifestações, e a literatura é uma forma possível de se aproximar do universo amazônico, tão próximo e distante ao mesmo tempo.