Resenha
Do título ao projeto gráfico surpreendente, nada nesse livro parece ter sido colocado ao acaso.
O formato da obra que se abre em dois “cadernos” que contam a história simultaneamente, já sugere ao leitor que há muito para se descobrir a cada página.
De um lado Ana Lasevicius narra com graça um conto de tradição oral judaica onde um objeto especial vai se modificando, conforme o tempo passa, sem perder o sentido e a importância na vida do protagonista.
Do outro, Ionit Zilberman ilustra essas transformações, criando imagens que parecem pequenos retratos daqueles que guardamos na memória dos momentos que queremos eternizar.
E o resultado é um daqueles “livros-relicário” que foram feitos para guardar, ler e contar.