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A casa azul

A casa azul

O viajante Modesto sente o desejo de se estabelecer e começa a empreender num projeto de construção de uma casa situada entre duas imensidões: a do mar e a da aridez da areia que o margeia. Poucas companhias, geralmente de animais, cercam o homem, e, diante de tanto silêncio, é possível até se comunicar com o mar, que reage subjetivamente às conquistas do homem.


Resenha
O viajante Modesto sente o desejo de se estabelecer e começa a empreender num projeto de construção de uma casa situada entre duas imensidões: a do mar e a da aridez da areia que o margeia. Poucas companhias, geralmente de animais, cercam o homem, e, diante de tanto silêncio, é possível até se comunicar com o mar, que reage subjetivamente às conquistas do homem. Mas há a presença de três aves emplumadas que troçam do sujeito, rindo de suas escolhas, colocando-o diante de impasses quanto ao modelo de moradia que quer, por fim, habitar. Em A casa azul, livro de Anne Herbauts, há uma sintonia plena entre as palavras exploradas em todo potencial poético e as ilustrações da autora, que contribuem para o leitor visualizar não só a paisagem, mas também as emoções de um homem situado num ponto de encruzilhada da sua existência.
Trecho do livro
“Como não está mais viajando, Modesto não é mais um viajante, não é mesmo? Modesto ficaria bem instalado perto da árvore. Ele já imagina uma casa magnífica, alta e grande, com uma única janela para dar uma piscadela ao Sol e uma bela porta de madeira.”
Obra sem numeração de página