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O imaginário cotidiano

O imaginário cotidiano

Na crônica “Quanto valho?”, por exemplo, o escritor cria uma narrativa ficcional que tem como referência uma notícia sobre um homem preso por forjar o próprio sequestro. Sob um novo ângulo de visão, conhecemos a história de um indivíduo que tem como obsessão saber qual a sua importância para as pessoas, o que o deixa numa situação, no mínimo, hilária.


Resenha
Moacyr Scliar, durante quase duas décadas, publicou, no jornal Folha de São Paulo, crônicas que tinham como ponto de partida as notícias do Caderno Cotidiano. Seus textos buscavam na realidade temas que fizessem o leitor refletir, com outro olhar, sobre os acontecimentos nem sempre banais do dia a dia. O livro O imaginário cotidiano apresenta várias crônicas, escritas ao longo desses anos e selecionadas pelo próprio autor. Na crônica “Quanto valho?”, por exemplo, o escritor cria uma narrativa ficcional que tem como referência uma notícia sobre um homem preso por forjar o próprio sequestro. Sob um novo ângulo de visão, conhecemos a história de um indivíduo que tem como obsessão saber qual a sua importância para as pessoas, o que o deixa numa situação, no mínimo, hilária.
Trecho do livro
“Não vou negar, senhor delegado: eu forjei, sim, o meu sequestro. Inventei a história toda, fiz até papel de sequestrador. Que não dou para a coisa, o senhor está vendo: aqui estou eu, preso.”
P. 33