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A moça tecelã

A moça tecelã

Um dia, a talentosa moça tecelã desperta consciente da sua condição solitária e empreende na busca de um companheiro. O que ela não poderia prever é que esse companheiro se transformaria num opressor, que passa a lhe sugar até a exaustão para satisfazer todos os caprichos materiais ambicionados por ele.


Resenha
Um dia, a talentosa moça tecelã desperta consciente da sua condição solitária e empreende na busca de um companheiro. O que ela não poderia prever é que esse companheiro se transformaria num opressor, que passa a lhe sugar até a exaustão para satisfazer todos os caprichos materiais ambicionados por ele. Essa prosa poética de Marina Colasanti carrega o brilho dos grandes contos fantásticos de escritores latino-americanos, como Júlio Cortázar e Gabriel García Marquez, nos quais o maravilhoso chega a ser menos espantoso do que a realidade rotineira. Os requintados bordados das mulheres da família Dumont que ilustram o conto de Colasanti são deslumbrantes.
Trecho do livro
“Não esperou o dia seguinte. Com capricho de quem tenta uma coisa nunca conhecida, começou a entremear no tapete as lãs e as cores que lhe dariam companhia. E aos poucos seu desejo foi aparecendo, chapéu emplumado, rosto barbado, corpo aprumado, sapato engraxado. Estava justamente acabando de entremear o último fio da ponta dos sapatos, quando bateram à porta.” Obra sem numeração de páginas.