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Araújo e Ophélia

Araújo e Ophélia

O texto coloca em xeque a ideia de que os velhinhos, assim como as árvores centenárias da praça, já não servem mais para nada. Além de Araújo e Ophélia, personagens dessa emocionante história, muitos outros textos do escritor e ilustrador paulista, Ricardo Azevedo, trazem personagens idosos. Segundo ele, uma das razões desses velhinhos aparecerem em suas obras, deve-se ao fato de ter convivido em sua infância, com muitos tios idosos.


Resenha
Araújo e Ophélia são dois velhinhos, ex-colegas de infância com quase oitenta anos, cheios de força, alegria e coragem, que enfrentam engenheiros e grandes empresários que querem derrubar as árvores de uma praça da cidade para construir um moderno shopping center. O texto coloca em xeque a ideia de que os velhinhos, assim como as árvores centenárias da praça, já não servem mais para nada. Além de Araújo e Ophélia, personagens dessa emocionante história, muitos outros textos do escritor e ilustrador paulista, Ricardo Azevedo, trazem personagens idosos. Segundo ele, uma das razões desses velhinhos aparecerem em suas obras, deve-se ao fato de ter convivido em sua infância, com muitos tios idosos. Cada qual com suas características e personalidades: alguns muito religiosos, outros fumadores de charutos e bebedores de uísque, uns saudáveis, outros nem tanto, uns sérios, outros cheios de piada, uns caducos, outros extremamente lúcidos; todos foram compondo o observatório de um Ricardo Azevedo ainda criança. Mais tarde, as observações ganharam vida nas páginas de mais de cem livros escritos por ele para crianças e jovens.
Trecho do livro
“Os homens de negócios chamaram seus engenheiros e resolveram derrubar as árvores. Elas eram velhas, não serviam para nada e naquela praça, quase abandonada, dava para construir um moderno e luxuoso shopping center. A cidade precisa crescer. A cidade tem que crescer!”. P. 5