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Aprendiz da imperfeição

Aprendiz da imperfeição

Esse é um livro que proporciona várias reflexões e observações minuciosas sobre a cultura de alguns povos do Oriente.
Confira como foi a leitura feita por Isadora Freire para crianças e adolescentes do hospital onde trabalha como voluntária.


Resenha
O que um mestre pode fazer com sua vida e seu trabalho quando realiza tudo o que é capaz?
E para um aprendiz, o que resta a conhecer quando não há mais nada que lhe possa ser ensinado?
Aprendiz da imperfeição narra a história de um menino que deseja ser aluno de um grande artista e que, após inúmeras recusas, passa a ser aceito em seu ateliê para acompanhar o seu trabalho.
Durante muitos anos, o jovem observa pacientemente o seu mestre enquanto espera o início de suas aulas. Até que, depois de um período de ausência, encontra o pintor exausto diante de sua maior criação.
E agora: o que ele poderá aprender ao encontrar a perfeição?
(Resenha produzida pela equipe A Taba, especialmente para o exclusivo Mapa de Exploração da obra.)
Como foi a nossa leitura?
Esse é um livro que proporciona várias reflexões e observações minuciosas sobre a cultura de alguns povos do Oriente. Por meio dessa narrativa, observamos a simplicidade, o amadurecimento do ser humano, o autoritarismo de alguns, a submissão de outros e a persistência de quem quer aprender mesmo com tantas adversidades.

Li silenciosamente a obra duas vezes. Então entrei em uma ala do hospital com vários meninos de 8 a 12 anos. Depois de ler alguns títulos bem divertidos e darmos algumas risadas, peguei o livro “Aprendiz da imperfeição” e comecei a leitura em voz alta.

Enquanto eu lia, percebi que alguns jovens começaram a se distrair. Mas mesmo assim, continuei.

Lendo em voz alta, percebi alguns sentimentos do aprendiz e do velho que eu não tinha compreendido lendo sozinha e em silêncio.

Li todas as páginas, com pausas e dando tempo para observarem as imagens.

O menino da última maca, olhava com tanto sentimento, prestava tanta atenção naquela história…

Então percebi mais uma vez que vale a pena ler livros mais longos em voz alta para as crianças e adolescentes. Seria ótimo se elas pudessem ler entre elas também. Mas o ambiente e a situação em que se encontram, muitas vezes, não permite esse tipo de interação…

Conclui a leitura, me despedi e deixei com eles o convite proposto pelo livro: silêncio, reflexão e aprendizagem.