As serpentes que roubaram a noite e outros mitos
Ouvir os mitos com o ouvido do coração. Ativar a memória e deixá-la confundir-se com a imaginação, (re)construindo imagens mitológicas e primitivas. As serpentes que roubaram a noite e outros mitos reúne as histórias contadas e transmitidas de geração em geração pelo povo Munduruku, que vive às margens do rio Tapajós, no sudoeste do Pará. No mito que dá título ao livro, compreendemos a origem da noite e do veneno das serpentes, há também o mito da origem dos cães e sua importância para a tribo, dentre outras histórias.
Resenha
Ouvir os mitos com o ouvido do coração. Ativar a memória e deixá-la confundir-se com a imaginação, (re)construindo imagens mitológicas e primitivas. As serpentes que roubaram a noite e outros mitos reúne as histórias contadas e transmitidas de geração em geração pelo povo Munduruku, que vive às margens do rio Tapajós, no sudoeste do Pará. No mito que dá título ao livro, compreendemos a origem da noite e do veneno das serpentes, há também o mito da origem dos cães e sua importância para a tribo, dentre outras histórias. Quem traz a oralidade deste povo para a palavra impressa é Daniel Munduruku que, com as ilustrações das crianças Munduruku, compartilha os relatos simbólicos que são o sustentáculo daquela cultura. O livro da editora Peirópolis pertence à “Coleção Memórias Ancestrais”, a qual pretende compartilhar com todos nós as a cultura dos povos indígenas brasileiros, seus valores e modos de vida.
Trecho do livro
“Desde então, o nosso povo trata o cão como um verdadeiro filho. As mulheres, quando necessário, não hesitam em dar aos cães o próprio leite e deixam-nos dormirem na mesma rede dos recém-nascidos. É como se os cachorrinhos e os pequenos Munduruku fossem realmente irmãos.” P. 26