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Comandante Hussi

Comandante Hussi

O livro Comandante Hussi, escrito por Jorge Araújo e ilustrado por Pedro Sousa Pereira, foi inspirado na história de um garoto de Guiné-Bissau. Hussi é um garoto de doze anos, o mais velho de quatro irmãos, que repentinamente assume a responsabilidade de levar sua família para a aldeia dos antepassados, a fim de protegê-la dos desastres da guerra. O garoto fica contrariado e aborrecido com essa missão, especialmente porque é obrigado a deixar para trás a sua bicicleta. Pouco tempo depois, acaba retornado à cidade, mas é impedido de procurar seu objeto favorito, em meio à destruição visível nas ruas.


Resenha
O livro Comandante Hussi, escrito por Jorge Araújo e ilustrado por Pedro Sousa Pereira, foi inspirado na história de um garoto de Guiné-Bissau. Hussi é um garoto de doze anos, o mais velho de quatro irmãos, que repentinamente assume a responsabilidade de levar sua família para a aldeia dos antepassados, a fim de protegê-la dos desastres da guerra. O garoto fica contrariado e aborrecido com essa missão, especialmente porque é obrigado a deixar para trás a sua bicicleta. Pouco tempo depois, acaba retornado à cidade, mas é impedido de procurar seu objeto favorito, em meio à destruição visível nas ruas. O desejo de buscar sua bicicleta não o abandona e ele só aguarda o momento certo. Aos poucos, a bicicleta vai assumindo uma importância que será notada não só pelo garoto, mas pelas pessoas envolvidas na batalha. Escrito em outra variante da língua portuguesa, o texto preserva palavras e expressões que não são comuns no Brasil, esclarecidas em um glossário ao final da obra.
Trecho do livro
“Hussi beliscou o rosto bem forte para ter a certeza que não estava a sonhar. Não estava. Ficou transtornado, era mesmo a voz da sua bicicleta. Mas o abalo passou depressa – afinal a sua bicicleta não era apenas a mais bonita e a mais veloz da cidade, era também a única que falava. Apesar do contentamento, guardou segredo porque as pessoas crescidas não compreendem estas coisas, não acreditam que uma bicicleta também é gente, que uma bicicleta fala. Baixou o volume da voz e murmurou uma esperança.” (p. 40)