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Contos maravilhosos infantis e domésticos

Contos maravilhosos infantis e domésticos

Muita coisa chama atenção nessa edição dos contos dos irmãos Grimm. A cuidadosa edição em dois tomos traz 156 textos em versões originais, ou seja, tais como foram concebidas pelos dois escritores alemães no século XIX, quando recolheram da tradição oral essas histórias fantásticas que ora encantam, ora amedrontam, quando não as duas reações provocadas de uma só vez.


Resenha
Muita coisa chama atenção nessa edição dos contos dos irmãos Grimm. A cuidadosa edição em dois tomos traz 156 textos em versões originais, ou seja, tais como foram concebidas pelos dois escritores alemães no século XIX, quando recolheram da tradição oral essas histórias fantásticas que ora encantam, ora amedrontam, quando não as duas reações provocadas de uma só vez. O leitor de hoje, acostumado com versões mais adocicadas dos contos de fadas como “O príncipe sapo” ou “Cinderela”, tomará bons sustos ao se deparar com a crueldade exposta em “O rei sapo ou o Henrique de ferro” e “A Gata Borralheira”. O curioso título merece consideração, pois faz menção ao espaço onde geralmente eram transmitidas as histórias, e ao público alvo, crianças em formação que entram em contato com a engenhosa dinâmica dos vícios e virtudes do homem, o que nos deixa intrigados quanto a abordagem de temas tão duros, mas inevitáveis, e no entanto tão apropriada por aparecer transfigurada pelo maravilhoso e pelo poético. Em contos como “O velho homem rejuvenescido”, somos levados a perceber que nem sempre as melhores intenções são suficientes para se chegar ao êxito, pois se não dominarmos os meios necessários para executar um projeto, tudo poderá descambar numa terrível tragédia.