Dona Feia
Dona Feia na verdade é o modo pelo qual os habitantes de um vilarejo chamam uma senhora que vive com sua gata, plantações e outros trabalhos num lugar ermo. Assim é que muito é inventado sobre a senhora. É também o título de uma famosa cantiga de escárnio atribuída a João Garcia de Guilhade – a qual data de meados do século XIII.
Resenha
Dona Feia na verdade é o modo pelo qual os habitantes de um vilarejo chamam uma senhora que vive com sua gata, plantações e outros trabalhos num lugar ermo. Assim é que muito é inventado sobre a senhora. É também o título de uma famosa cantiga de escárnio atribuída a João Garcia de Guilhade – a qual data de meados do século XIII. Cantiga que é recitada no livro por um grupo de menestréis. O fato é que muito se inventa de maldoso sobre a senhora, mas só o Viajor de Alhomel, um caixeiro-viajante, é capaz de se aproximar dela e de descobrir os tesouros que as mãos e a solidão fazem-na fabricar. Estes tesouros que salvarão o vilarejo em tempos de seca, farão também os habitantes reconsiderarem a imagem que fazem da senhora. As ilustrações em tons de marrom procura ressaltar a forte relação com a terra e simplicidade dos ambientes e personagens.
Trecho do livro:
“Fica o dito pelo não dito e cresce a lenda como teia. Quem não a viu, nem a conhece, quem dela ouviu falar sobremaneira, todos têm um algo a contar, acrescido de uma volta e meia. O certo ficou no achar que era disso e daquilo feita; é novelo e não tem findar o fio fabuloso de Dona Feia!” (p. 11)