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Dragões, maçãs e uma pitada de cafuné: contos de fadas para pensar sobre ética

Dragões, maçãs e uma pitada de cafuné: contos de fadas para pensar sobre ética

Neste livro, Susana Ventura e Helena Gomes apresentam contos pouco conhecidos, recolhidos de antologias das culturas russas, iugoslavas, chilenas, celtas e noruegueses para propor aos leitores reflexões sobre questões éticas.


Resenha
Todo leitor experiente tem em seu repertório inúmeros contos de tradição oral, especialmente aqueles chamados de contos de fadas.
Transmitidas de geração em geração, essas histórias atravessaram o tempo apresentando em seu enredo as contradições da experiência humana diante dos desafios da vida.
Neste livro, Susana Ventura e Helena Gomes apresentam contos pouco conhecidos, recolhidos de antologias das culturas russas, iugoslavas, chilenas, celtas e noruegueses para propor aos leitores reflexões sobre questões éticas que se apresentam a cada um dos personagens das oito histórias que compõem essa coletânea.
Com uma linguagem clara e envolvente, as autoras trazem à luz dragões, trols, maçãs douradas, fadas, reis, príncipe e princesas em enredos repletos de aventura, coragem e ousadia que certamente irão encantar os leitores de todas as idades.
Dragões, maçãs e uma pitada de cafuné: contos de fadas para pensar sobre ética” foi o livro selecionado para ser enviado aos nossos assinantes experientes do Clube de Leitores A Taba em fevereiro de 2017.
Veja como foi a leitura na casa de nossa assinante Anna Cruz:
Feitiços, ogros, princesas, bruxas…e cafuné. Dragões, anel mágico, poções… e uma mãe machucada. Criaturas fantásticas, dobrões de ouro, trolls… e consequências.
Os oito contos selecionados por Susana Ventura e Helena Gomes em “Dragões, maçãs e uma pitada de cafuné” se passam na terra da magia, mas trazem dilemas e conflitos quase prosaicos, dali da esquina, daqui de dentro de casa. Lemos um a um, para não cansar e compatibilizar interesses de minhas leitoras de idades diferentes (9 e 4 anos).
O livro se propõe a oferecer reflexões éticas, provocar comparações entre as jornadas dos personagens e nossas próprias escolhas de vida real – o que não chega a ser novidade, já que se inscreve na tradição própria dos contos de fadas. Novidade mesmo é a apresentação de histórias nada óbvias, curtas e plenas, por vezes divertidas ou muitas vezes melancólicas, na medida certa para leitores que estão construindo seu repertório.
Ao fim do livro, Giselle Soares facilita as conexões entre o “era uma vez” e o “na minha vez”, destrinchando como cada conto toca em regras da comunidade, caminhos de certo e errado em que tropeçamos nos relacionamentos.
Anna Cruz é assinante da categoria experiente do Clube de Leitores A Taba.