Nossos olhos são como duas janelas abertas prontas para ver o mundo em suas formas, cores e texturas. Porém, em contato com nossa imaginação e conforme adquirimos experiências e repertórios, as imagens que enxergamos podem ganhar novos significados.
Em Eu vi, Fernando Vilela traz justamente essa proposta ao leitor, ao indicar pelo texto algo que viu e que a princípio aparece recortado em um pequeno fragmento da imagem, visível para o leitor. O desdobrar da página traz então novo significado, explicitado por uma nova imagem em diferente perspectiva.
Os animais da fauna brasileira são protagonistas nesse diálogo entre texto e imagem, entre o olhar e a descoberta, criando um ritmo que ao tornar-se conhecido pelos leitores, poderá funcionar inclusive como convite para que eles descubram o que vem pela frente.
Quem é o autor deste livro?
Formado em Arte Plásticas pela UNICAMP, Fernando Vilela é artista plástico, escritor, ilustrador e educador. Ministra também oficinas, cursos e palestras sobre arte e educação.
Em conjunto com Stela Barbieri idealizou um espaço de arte, investigação, invenção e imaginação em São Paulo, o ateliê Binah. Lá é possível encontrar cursos e oficinas voltadas para crianças e também para educadores.
O autor tem obras em museus como MoMA, de Nova York, e na Pinacoteca do estado de São Paulo. Para Fernando, este reconhecimento é importante para o Brasil e também para ele, individualmente, por aumentar o alcance de seu trabalho.
As técnicas que utiliza em cada uma das histórias que cria surgem a partir da criação da própria narrativa. O artista não tem um método ou hábito específico mas afirma que as ideias para seus trabalhos surgem de momentos relaxados e de ócio. “Quando a mente está livre, as ideias têm mais chance de aparecer…”
Por que enviamos este livro para os assinantes do Clube de Leitores A Taba?
A primeira infância, como sabemos, é um momento de inúmeras conquistas e reconhecimentos. E todos os sentidos estão envolvidos neste processo.
É pelo toque, pelos aromas, pelos sons, pelos sabores e também pela visão, que os bebês descobrem o mundo e passam a nomeá-lo.
Neste livro, o título, em primeira pessoa, dialoga com essa experimentação, colocando os pequenos leitores como protagonistas do desafio de descobrir o mundo que se apresenta em caa uma das páginas.
Afinal, o que e os bebês veem? Será que pode ser diferente daquilo que o adulto vê? E quantas novidades poderão ser percebidas depois de desvendar o livro em conjunto?
Prepare-se para muitas descobertas junto com seu pequeno e boas leituras!