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Mas papai…

Mas papai…

Para quem tem filhos pequenos, a hora de dormir é uma grande aventura que envolve doses generosas de criatividade e paciência.
Muitas vezes, as crianças relutam em se entregar ao sono, inventando mil motivos para manter a presença dos pais e prolongar o tempo acordados.


Resenha
Para quem tem filhos pequenos, a hora de dormir é uma grande aventura que envolve doses generosas de criatividade e paciência.
Muitas vezes, as crianças relutam em se entregar ao sono, inventando mil motivos para manter a presença dos pais e prolongar o tempo acordados.
É esse o mote do livro Mas papai…: um pai cansado tenta colocar seus dois macaquinhos para dormir, sendo interrompido a todo momento pelos pedidos dos pequenos, até que…
(Resenha produzida pela equipe A Taba, especialmente para o exclusivo Mapa de Exploração da obra.)
Como foi a nossa leitura?
Sabe aquele momento em que você leva seu filho para o berço ou para a cama, dá beijinhos de boa noite, esperando que ele durma rapidinho, mas antes disso acontecer ele te lembra de mil e uma coisas que você se esqueceu de fazer? Ah, e depois que todos os pedidos foram atendidos, ele ainda está bem disposto a ouvir não apenas uma, mas a nona ou décima história da noite? Ou então, aquele momento em que a mamãe está ausente e o papai precisa dar conta do recado e seu filho quer lembrar cada detalhe do que é preciso fazer para ele adormeça?
Bom, se você vive algo assim ou conhece alguém que já teve esta experiência, esta é uma ótima dica de leitura.
Mas papai… é uma obra muito divertida, feita a quatro mãos pelo casal canadense  Mathieu Lavoie e Marianne Dubuc.  É bem possível que os dois tenham se inspirado em experiências pessoais quando criaram esse livro, já que também têm filhos pequenos.
A narrativa é simples, de fácil memorização e as ilustrações ricas em detalhes envolvem os leitores, convidando-os a tornarem-se parte da brincadeira.
Desde que entrou no meu acervo pessoal, este livro  ganhou status de favorito e tem feito o maior sucesso por onde o apresento: sobrinhos, vizinhos, filhos de amigos, bebês e crianças maiores formam meu clube de leitores fieis e interessados, que não se cansam de pedir que eu faça uma nova leitura do livro.
Percebi também o mesmo interesse pela obra nas rodas de leitura com os bebês no berçário onde trabalho. Esses pequenos leitores ainda estão iniciando o contato com as experiências literárias desse tipo e lindando com a construção de palavras. Por isso, textos como o desse livro, que possuem frases que se repetem, ajudam os pequenos a observar a sonoridade das palavras e a memorizar trechos, participando ativamente da leitura.
Os comentários e as intervenções engraçadas que surgiram durante a leitura, foram bem divertidos:
-Esse papai é muito maluquinho (risos…)
– Olha, ele se esqueceu de dar comida para o filhinho, acho que ele vai ficar com fome!
– A mamãe dele sumiu?
– Esse pai esquece de tudo!!!
Depois de muitas leituras, quando já estavam familiarizados com a narrativa, os pequenos se antecipavam à minha voz e já começavam a dizer alguns trechos, identificando que tratava-se da história do macaco e dos seus filhotinhos.
Todas as vezes em que vivencio experiências como essa, penso que trabalhar com as crianças pequenas nessa fase em que ainda estão se apropriando da linguagem oral é sempre um privilégio. Poder estar perto nos momentos dessas descobertas, quando alguns descobrem ser capazes de falar algo que está escrito em um texto e compartilhar isso com os colegas é simplesmente maravilhoso.
E com vocês? Como tem sido a experiência de leitura com esses leitores tão especiais?