Nenhum peixe aonde ir
Este é um livro comovente para se ler muitas vezes. Com textos poéticos e ilustrações delicadas, lemos, em paralelo, duas histórias que se espelham: a de Zolfe e a de Lüll.
Resenha
Este é um livro comovente para se ler muitas vezes. Com textos poéticos e ilustrações delicadas, lemos, em paralelo, duas histórias que se espelham: a de Zolfe e a de Lüll. Em primeiro plano, a partir de um olhar muito próximo das fantasias, perguntas, angústias e anseios de Zolfe, narra-se o dia em que sua família e parte da comunidade foram expulsos de suas casas por homens armados e encapuzados. Tudo o que ela carrega, até a curva de uma ponte, é o pote com o peixinho Émil, presente da avó. Em segundo plano, lemos “O pote dos sonhos” em que Lüll encontra quando acorda, perto de sua cama, um pote diferente, feito por um ceramista invisível, com surpresas no interior: um vestido, varinhas mágicas, um sapo. Zolfe ganhou esse livrinho de sua amiga Maiy, cujo pai é agora um dos mascarados. Enquanto caminha sem saber para onde, na recordação de fragmentos da história amada, Zolfe tenta desenhar em torno de si, como Lüll quando não o encontra mais, um pote, bem grande, para caber nele.