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O homem que não parava de crescer

O homem que não parava de crescer

Esta é a fabulosa história de Gul, que se inicia quando desde pequeno ele e sua mãe ficavam medindo o seu crescimento. Ela por meio da fita métrica e das marcas, sempre escapadiças, na parede e ele pelo que seus olhos já conseguiam alcançar e o seu corpo já não conseguia vestir. É encantador o modo poético e a perspicácia com que Marina Colasanti nos relembra todas as admirações, inquietações e expectativas que o crescer suscitam nas crianças e as questões que trazem aos adultos que a cercam.


Resenha
Esta é a fabulosa história de Gul, que se inicia quando desde pequeno ele e sua mãe ficavam medindo o seu crescimento. Ela por meio da fita métrica e das marcas, sempre escapadiças, na parede e ele pelo que seus olhos já conseguiam alcançar e o seu corpo já não conseguia vestir. É encantador o modo poético e a perspicácia com que Marina Colasanti nos relembra todas as admirações, inquietações e expectativas que o crescer suscitam nas crianças e as questões que trazem aos adultos que a cercam. Até o momento fantástico da história em que Gul começa a crescer de modo que não caiba mais nos espaços da casa. Tudo o que o cerca torna-se imensamente pequeno. As ilustrações mostram-no tornando-se um gigante. O estilo inconfundível da escritora na ilustração e na narração vai conformando os pequenos absurdos que passam a fazer parte da vida de Gul e sua família.
Trecho do livro
“‘Será que existe um tamanho que é o meu?’ Enquanto até então havia sido ele quem se esforçava, através do crescimento, para alcançar a mesma proporção dos objetos e harmonizar-se com móveis e portas, agora essa proporção lhe escapava. Móveis e quadros e objetos e portas diminuíam como gelo que se derrete na mão, e seria preciso descobrir uma nova forma de conviver com eles, estabelecer uma nova harmonia.”
P. 17 e 18