O gigante de meias vermelhas – Vol. 1
O escritor francês Pierre Gripari foi o que se pode chamar de um verdadeiro contador de histórias. Sua primeira publicação, Pierrot la lune, de 1963, ficciona sobre sua própria trajetória de vida. Enquanto escrevia peças de teatro, contos fantásticos e romances, Pierre cultivava uma boa amizade com as crianças de seu bairro, inventando e contando histórias para elas.
Resenha
O escritor francês Pierre Gripari foi o que se pode chamar de um verdadeiro contador de histórias. Sua primeira publicação, Pierrot la lune, de 1963, ficciona sobre sua própria trajetória de vida. Enquanto escrevia peças de teatro, contos fantásticos e romances, Pierre cultivava uma boa amizade com as crianças de seu bairro, inventando e contando histórias para elas. É a partir destas criações que surge O gigante de meias vermelhas e outros contos. Neste livro, o autor narra quatro histórias: a primeira que dá título à obra, conta a saga de um gigante que se apaixona pela garota Mirela e os desafios para ficar junto de sua amada; a segunda história, “O diabinho bom”, nos deparamos com um diabinho que não tem nenhuma vocação para a maldade; em “A bruxa da rua Mufetar”, vemos uma bruxa se meter em encrencas por sua extrema vaidade; e em “Não-sei-quem, não-sei-o-quê”, conhecemos o rapaz Falta-de-Sorte, que consegue mudar sua história quando ganha um gato de seu pai e conhece sua sensata esposa.
Trecho do ivro
“O idiota entregou o gato, recebeu os três tonéis de ouro. Quando viu que os irmãos estavam de cara feia, ele disse:
– Ora, não fiquem tristes. Vou dar um tonel de ouro para cada um e ficar com um para mim.
– Obrigado – disseram os irmãos. – Mas por que você vai ficar aqui? Não vai voltar para casa do nosso pai?
– Não – respondeu Falta-de-Sorte. – Gosto muito daqui. É o único lugar onde ninguém ainda me chamou de idiota.”
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