O que não viu Chapeuzinho Vermelho
Apesar de muitos conhecerem a história da famosa menina de capinha vermelha, poucos sabem o que os demais personagens envolvidos nesse conto têm a dizer sobre o que ocorreu no dia em que a garota atravessou a floresta para visitar a sua avó.
Resenha
O conjunto de imagens que ilustra a quarta capa desse livro já mostra ao leitor que nem sempre é possível enxergar com clareza tudo aquilo que está à nossa frente.
Apesar de muitos conhecerem a história da famosa menina de capinha vermelha, poucos sabem o que os demais personagens envolvidos nesse conto têm a dizer sobre o que ocorreu no dia em que a garota atravessou a floresta para visitar a sua avó.
O que o lobo estava fazendo ali perto? E o que viram os outros animais escondidos na mata? Por que a vovó indefesa abriu a porta para que a fera entrasse em sua casa? E como Chapeuzinho Vermelho não notou que quem estava na cama era um monstro disfarçado?
Nesse divertido livro, Mar Ferreiro prova que, mesmo as histórias que já parecem conhecidas por todos, sempre podem ser reinventadas!
Veja como foi a leitura na casa de nossa assinante Talula Trindrade:
A capa de “O que não viu Chapeuzinho Vermelho”, mostra os dois protagonistas da história, a menina e o lobo, de costas um para o outro, cada um lendo um livro, cada qual com uma capa diferente. Esta capa nos diz muito sobre essa nova versão de Chapeuzinho Vermelho, que começa com a menina apresentando a si mesma, em primeira pessoa, e narrando a sua própria história. Sabemos agora que além de neta, ela é filha, é irmã, tem nove anos, mora em uma casa azul e sua cor preferida é vermelho.
Aos poucos, cada personagem torna-se narrador e protagonista, contando a história a partir do seu ponto de vista.
Em página dupla, no centro do livro, há um mapa, que funciona como um storyboard, contextualizando tudo o que acontece no livro: onde fica cada casa, os animais da floresta, o caminho que Chapeuzinho percorreu até chegar à casa da vovó. Vico passou um bom tempo nessas páginas, procurando cada personagem, observando os detalhes de cada casa, questionando o porquê de alguns personagens que ali estavam não terem participado do conto.
As ilustrações, sempre em fundo branco, foram feitas em lápis de cor e é interessante observar o quanto cada personagem cresce quando está falando em si mesmo.
Vico achou que o lobo foi muito injustiçado na versão original, já que ninguém quis saber qual era a versão dele da história. E todo o encanto da narrativa está realmente no fato de todos os personagens contarem a história a partir do seu ponto de vista
Bobos fomos nós, esses anos todos, de nos contentar apenas com a versão da Chapeuzinho!
Talula Trindade é assinante da categoria autônomo do Clube de Leitores A Taba.
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