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Os gatos

Os gatos

Um dos poetas mais importantes do século XX, o inglês T. S. Eliot, surpreende com versos feitos especialmente para crianças. Cada um dos poemas que compõem Os gatos versa sobre um personagem felino, mas se a descrição física não deixa dúvida quanto à natureza do bicho, o temperamento descrito leva o leitor a lembrar de muita gente conhecida. Assim, Sara Sarapinta em sua lerdeza diária apronta insuspeitados afazeres que põem em ordem a casa na qual é acolhida; já um tal de Zaragato exerce toda sua crueldade feroz maltratando outros bichos, motivado por um ódio gratuito e pelo prazer de fazer maldades, mas um exército de gatos une forças para depor o tirano do trono que ergueu para si próprio; menos assustador é Rim tim tantã, um gato do contra, e tão abusado que se deseja o seu sumiço tanto quanto ao de Zaragato.


Resenha
Um dos poetas mais importantes do século XX, o inglês T. S. Eliot, surpreende com versos feitos especialmente para crianças. Cada um dos poemas que compõem Os gatos versa sobre um personagem felino, mas se a descrição física não deixa dúvida quanto à natureza do bicho, o temperamento descrito leva o leitor a lembrar de muita gente conhecida. Assim, Sara Sarapinta em sua lerdeza diária apronta insuspeitados afazeres que põem em ordem a casa na qual é acolhida; já um tal de Zaragato exerce toda sua crueldade feroz maltratando outros bichos, motivado por um ódio gratuito e pelo prazer de fazer maldades, mas um exército de gatos une forças para depor o tirano do trono que ergueu para si próprio; menos assustador é Rim tim tantã, um gato do contra, e tão abusado que se deseja o seu sumiço tanto quanto ao de Zaragato. Os versos longos de Eliot, bem afeitos ao tom reflexivo, por vezes posicionam o leitor num ângulo em que se pode perscrutar a enigmática quietude silenciosa dos bichanos, e são tão deliciosos que lemos cada poema de um só fôlego.
Trecho do livro
“Rim tim tantã é um Grande Chato:
tem galinha assada, ele quer cabidela;
Se lhe pões na tigela, ele prefere o prato;
lhes serves no prato, ele pede a tigela.”
P. 22