Minha avó maluca

Vicente era um típico menino introvertido. Do tipo que não dava trabalho para ninguém, na escola preferia a companhia dos livros na sala de aula ao jogo de futebol com os colegas. Em casa, passava as tardes estudando quietinho, quase imperceptível. Sua avó Petúnia, ao contrário, era uma senhora excêntrica e espalhafatosa com cabelos armados imensos, sempre vestida de preto e pronta para falar o que lhe viesse à cabeça. Poeta, se ressentia do reconhecimento que nunca recebeu. Então esses dois tipos passam a ter que conviver todas as tardes. E agora? Será que vão se entender? Será que vão aprender algo um com o outro? Em “Minha Avó Maluca”, Vicente, agora adulto, revisita suas memórias e os momentos que compartilhou na infância com sua avó, que acaba por lhe apresentar a “coisa mais importante da minha vida, talvez”.

Quem são os autores de “Minha avó maluca”?

José Ignacio Valenzuela é chileno. Neto de uma das maiores escritoras de livros infantis do Chile, Ana María Güiraldes (será que ela também era maluca?), ele hoje mora nos Estados Unidos, de onde escreve livros e, também, roteiros para novelas e filmes. “Minha Avó Maluca” é um de seus vários livros voltados para o público infanto-juvenil. 

Leonardo Rios é um ilustrador e cartunista chileno. Mesmo tendo estudado jornalismo, Ríos vem trabalhando como cartunista desde 2003. Boa parte de seu trabalho está relacionada a críticas sociais e políticas, mas ele também ilustra livros infantis e gibis.

Por que escolhemos este livro para enviar aos assinantes do Clube de Leitores A Taba?

Existem avós de todo tipo, não é mesmo? Como é a sua? Excêntrica como a de Vicente ou doce e amorosa, das que fazem biscoitinhos e chá? O convívio entre gerações diferentes nem sempre é fácil; afinal, os anos que as separam trazem consigo hábitos, habilidades e valores diferentes entre si, exigindo jogo de cintura. Porém, é também uma experiência repleta de aprendizados que humaniza e nos torna mais aptos a conviver em sociedade, aprendendo a lidar com o diferente e exercitando a empatia. “Minha Avó Maluca” mostra que a convivência entre pessoas de diferentes gerações pode ser surpreendentemente boa.