Você já ouviu falar de Eunice Kathleen Waymon? Não? E de Nina Simone? Com certeza esse nome não lhe é estranho: a obra da cantora norte-americana Nina Simone, falecida em 2003, ganhou grande
projeção nos últimos anos graças ao documentário “What Happened, Miss Simone?”, exibido pela Netflix, e pela retomada de questões sociais como racismo e violência policial contra negros nas redes sociais e na mídia. Em “Nina – Uma História de Nina Simone”, você vai descobrir como a pequena e talentosa Eunice cresceu e se tornou a incomparável Nina, que arrebata fãs até hoje com canções como “Feeling Good” e “Ain’t Got No, I Got Life”. Nascida nos Estados Unidos, graças à união de seu talento e personalidade forte, Nina foi responsável pela trilha sonora da luta contra a segregação racial em seu país.
Quem são os autores de Nina: uma história de Simone?
Traci N. Todd nasceu em Chicago, nos Estados Unidos, palco do Movimento pela Liberdade de Chicago em 1965, considerado uma das maiores vitórias do Movimento pelos Direitos Civis. Além de escritora, é uma editora de literatura infantil cujo foco é publicar livros sobre igualdade e justiça que façam crianças se sentirem empoderadas. Sua música preferida de Nina Simone é “I Wish I Could Know How It Feels to Be Free”, canção que fala sobre sonhar com a liberdade.
O ilustrador Christian Robinson encontrou nos desenhos uma forma de criar o mundo que ele gostaria de viver, um lugar onde todas as crianças possam ser curiosas, criativas e celebradas. Além dos muitos prêmios que já ganhou, colaborou com os Estúdios Pixar e com Target, uma grande rede de lojas de departamento norte-americana.
Porque escolhemos este livro para enviar aos assinantes do Clube de Leitores A Taba?
As canções de Nina Simone refletiram a luta por um país mais justo para a população negra dos Estados Unidos: incomodavam os racistas e empoderavam os que defendiam o fim da segregação social, encabeçados por nomes como Martin Luther King Jr. e Medgar Evers. O Movimento pelos Direitos Civis foi em partes bem sucedido, mas é só ligar a TV para vermos que até hoje negros são discriminados e sofrem violência no mundo todo. A obra de Nina embala uma luta que começou nos anos 50, mas que está longe de terminar.