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O caderno do jardineiro

O caderno do jardineiro

“O caderno do jardineiro” foi o primeiro livro de poesia autoral de Angela Lago, uma das mais importantes escritoras de literatura infantojuvenil no Brasil.


Quantos mistérios podem ser encontrados em um jardim… Você já observou um belo jardim com atenção, lentamente, notando os detalhes das plantas e animais que vivem ali? Quem sabe com o auxílio de uma lupa você consiga enxergar melhor cada cor, textura e formato de seus elementos. A escritora e tradutora Angela Lago vai além: é a partir de um jardim repleto de flores que ela encontra as metáforas e significados que dão luz aos poemas presentes neste livro, ou melhor, caderno, em que as anotações são substituídas pela poesia singela e delicada de Angela. Embarque nesta viagem botânico-poética e não se esqueça: na próxima vez que você pisar em jardim, fique atento(a) para a vida que circula por ali, vida esta que percorre a gente por dentro e por fora e preenche de cores a existência.

Quem é a autora de “O caderno do jardineiro”?

Angela-Lago

Mineira, a escritora e tradutora Angela Lago viveu na Escócia e na Venezuela antes de retornar para Minas Gerais, onde viveu no Vale do Jequitinhonha até seu falecimento, em 2017. Uma das mais importantes escritoras de literatura infantojuvenil no Brasil, Angela colecionou prêmios como o Selo Altamente Recomendável da FNLIJ e a seleção para o White Ravens, catálogo com os melhores títulos da Feira Internacional de Bolonha. Três vezes indicada para o Prêmio Hans Christian Andersen, Angela se dedicou à escrita de literatura infantojuvenil e também à tradução de grandes nomes como Emily Dickinson e Rainer Maria Rilke. “O Caderno do Jardineiro” foi seu primeiro livro de poesia autoral, após grandes sucessos em prosa como “Sete Histórias para Sacudir o Esqueleto” (2002) e “O Caixão Rastejante e Outras Assombrações em Família” (2015).

Por que escolhemos este livro para enviar aos assinantes do Clube de Leitores A Taba?

A poesia de Angela Lago se aproxima da obra do grande poeta matogrossense Manoel de Barros (1916-2014): ambos são mestres em utilizar pequenos elementos cotidianos, como os presentes em um jardim, como metáforas para grandes questões da existência humana. Promover a leitura de poesia entre os jovens leitores permite que eles ampliem seu repertório cultural e literário, mostrando-lhes que a leitura de poemas, que circula de maneira mais restrita socialmente, deve ser explorada como uma forma de criar instantâneos do mundo, de fazer a linguagem literária dançar.