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O caixão rastejante e outras assombrações de família

O caixão rastejante e outras assombrações de família

Apesar da morte fazer parte da vida, esse era um assunto pouco falado para crianças e pré-adolescentes. Com um pouquinho de humor, esse tema às vezes tão difícil, até se torna leve..


Resenha
Quem nunca ouviu uma história de assombração envolvendo alguém conhecido, levante a mão!
Nesse livro, a mineira Angela Lago mostra que conhece muitas narrativas onde o riso e o espanto caminham juntos. Com uma estrutura que remete aos causos contados pelos familiares envolvendo parentes próximos, os dez contos que compõem essa coletânea abordam o sobrenatural, sem abrir mão do humor tão característico da autora.
Merece destaque a brincadeira proposta nas ilustrações que misturam fotografias e desenhos, nos quais Angela aparece representando, de maneira divertida, cada um dos protagonistas dos contos.
(Resenha produzida pela equipe A Taba, especialmente para o exclusivo Mapa de Exploração da obra.)
Como foi a nossa leitura?

Adoro receber livros de autores brasileiros! A Angela Lago é uma autora e ilustradora brasileira, mineira, e que temos orgulho de tê-la em nossa estante.
Como eu também sou mineira, li os “causos” como se alguém lá de Minas estivesse me contando com aquele sotaque carregado mesmo. Ela usou palavras  – como “suripapo”-  que me fizeram lembrar as histórias contadas pela minha avó. 
Apesar da morte fazer parte da vida, esse era um assunto pouco falado para crianças e pré-adolescentes. Com um pouquinho de humor, esse tema às vezes tão difícil, até se torna leve.. 
As fotografias – que imitam retratos de família –  são de meter medo! Eu não teria coragem de usar as fotografias da minha família assim! Eles fazem caras e bocas, e até brincam com as cantoneiras das fotos.
Gostei muito da parte em que aparece o cachorro na história “Companheiro”. O sentimento puro dos cachorros, a necessidade de ter alguém por perto pode mesmo aumentar a expectativa de vida das pessoas, nem que seja só para observar o comportamento um do outro, ou para reclamar de algumas manias, isso também mantém a pessoa viva, e o animal também.
Já o gato, dizem que sentem a presença da morte. A Sofia parecia que estava prevendo mesmo a morte na vizinhança.
Aproveitei as indicações do Almanaque e li também “Sete histórias para sacudir o esqueleto”. Gostei. Bom Sucesso também aparece por lá. Acho que não quero conhecer esta cidade…
A verdade é que todos tem medo da morte. Até os que dizem que não tem. Deixa ela aparecer para você, para você ver!