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Os Pestes

Os Pestes

Os pestes foi o título selecionado pelo Clube de Leitores A Taba para os leitores iniciantes no mês de junho.
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Resenha
Não é a toa que o Sr. e a Sra. Peste têm esse nome. Um casal de aspecto repugnante que cometem as maiores maldades e atrocidades possíveis.
Sr. Peste tem uma barba cerrada e suja; quando come os pedacinhos da comida ficam na barba. Sra. Peste só pensa em coisas horríveis e por isso vai ficando cada vez mais feia.
As maldades, porém, não se concentram neles, eles têm uma família de macacos no jardim que são obrigados a ficar de cabeça para baixo, caçam muitos passarinhos para fazer um empadão e não param por aí.
Mas os bichos vão se revoltar e pregar uma grande peça nesse casal tão inusitado.
Conheça um pouco do livro:

Trecho do livro:
“O Sr. Peste nem se preocupava em abrir muito a boca quando comia. Por causa disso (e porque ele nunca se lavava), havia sempre centenas de migalhas de cafés-da-manhã, almoços e jantares grudados na barba dele. Atenção, não eram migalhas grandes, porque estas ele ia limpando com as costas da mão ou com a manga da camisa enquanto comia. Mas se você olhasse bem de perto (não que desse vontade de fazer isso) veria no meio da barba pedacinhos mínimos de ovo mexido já seco, espinafre, molho de tomate, peixe frito, pasta de fígado de galinha e todas as outras coisas nojentas que o Sr. Peste gostava de comer.” (pp. 12-13)
 
Os pestes foi o título selecionado pelo Clube de Leitores A Taba  para os leitores iniciantes no mês de junho.
Confira como foi a leitura na casa de nossos assinantes Renata e Gabriel:
Assim que recebemos a newsletter da A Taba informando os livros que seriam enviados no mês de junho/2017 para o Clube de Leitores, sentimos uma sensação de alegria e nostalgia ao nos deparar com um autor que tanto nos acompanhou em nossa infância e adolescência.
Posso afirmar que é um dos poucos autores que eu, que amo livros que nos remetem ao passado, e Gabriel, aficionado por ficção científica com sociedades interestelares, concordamos em sua genialidade.  
Gabriel conheceu Matilda, Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolates, O Fantástico Sr. Raposo, Henry Sugar e BGA ainda nos bancos da Escola, enquanto eu, um pouco mais tarde. Matilda foi o primeiro livro que li em língua estrangeira. Que boa lembrança Os Pestes me trouxe.
Não imaginávamos que iríamos compartilhar tão cedo com as crianças esse autor por quem temos tanto carinho, por se tratar de livros com textos mais extensos, com senso mais crítico do mundo. Tínhamos dúvidas sobre a forma como as crianças acompanhariam as leituras.
A experiência mais próxima que tivemos com leituras em capítulos foi a do livro Minhas Estórias do Jardim de Infância, recontadas e ilustradas por Tony Ross, da Editora Martins Fontes, que é a compilação de oito contos infantis. Então escolhemos dois contos por noite e assim nos divertimos.
O formato de Os pestes é um pouco diferente, tem menos ilustrações para ajudar a fixar a compreensão da história narrada, mas então, a genialidade do autor se afirma. Os capítulos são bem curtinhos, o que facilita a leitura. Achei que leríamos ao decorrer da semana, mas, não foi bem assim.
Quando comecei a ler a história, João Pedro logo ficou atento. Ao final do capítulo eu disse “pronto, amanhã leremos mais um pouco ou você pode escolher um outro título, se preferir”. Então vem a reflexão de João Pedro, como habitualmente faz: “Papai tem barba, mas não é nojento como o Sr. Peste. Você pode continuar?”.
Os capítulos são tão curtinhos que não me importei em ler mais um. E ao final desse capítulo, mais algum comentário, reflexão e o pedido para que continuasse. E assim foi, capítulo após capítulo, eu tinha ao meu lado uma criança que estava tão envolta com a história, que queria tanto descobrir o que tinha ali mais adiante, que, honestamente, não tive a coragem de parar de ler. Chegamos ao final no mesmo dia.  
Foi tanta emoção para João Pedro que a brincadeira do dia seguinte tinha bonecos de cabeça para baixo, cola superultraforte, pássaro africano e pessoas tão malvadas, mas tão malvadas, que eu não podia ver, porque tinham sumido. 
Foi então que eu decidi tirar do alto da estante a Coleção de Monteiro Lobato, publicada em 1972, pela Editôra Brasiliense (ainda com acento circunflexo mesmo), relíquia de família que já está em sua  terceira geração, para ler com as crianças.
E é com um sentimento indescritível de amor, afeto e gratidão, com recordações deliciosas do nosso passado e escrevendo o nosso presente é que nos despedimos da coluna na qual viemos compartilhando nossas leituras.
 
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Em 2017, convidamos assinantes do Clube de Leitores A Taba para compartilhar suas experiências de leitura durante um trimestre, abrindo as conversas em nosso fórum. Para conhecer a Renata e o Gabriel, clique aqui.
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