8 autoras brasileiras que você precisa conhecer
Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, selecionamos oito autoras brasileiras, representantes da literatura negra e indígena voltada para a infância.
Para A Taba, representatividade e diversidade são elementos fundamentais quando se deseja formar um leitor com repertório e senso crítico, capaz de apreciar a beleza da palavra e do mundo construído por outros.
Por isso, para celebrar o Dia Internacional da Mulher, selecionamos oito autoras brasileiras, representantes da literatura negra e indígena voltada para a infância, que deveriam ser conhecidas pelos leitores de todas as idades.
Confira nossa seleção:
1 – Bianca Santana
Bianca é jornalista, escritora, cientista social, mestre em Educação… É de se esperar que haja muito trabalho seu disponível por aí. E é verdade: ela já organizou diversas coletâneas. Mas a dica para os leitores mais jovens é o livro Quando me descobri negra, em que narra experiências suas e de outras pessoas negras relacionadas ao racismo cotidiano.
2 – Cidinha da Silva
Cidinha tem uma participação política e social bastante forte. Já atuou no Geledés, – Instituto da Mulher Negra, que chegou a presidir. Em 2005, fundou o Instituto Kuanza, que desenvolve projetos de educação, ações afirmativas, pesquisa, comunicação, juventude e articulação comunitária. Mas ela também tem livros publicados: escreveu Os nove pentes d’África (Mazza Edições, 2009) e Kuami (Pólen Livros, 2019).
3 – Eliane Potiguara
Mulher, escritora, ativista indígena. Indicada ao projeto internacional “Mil mulheres para o Prêmio Nobel da Paz”. Essa é Eliane Potiguara, uma das principais autoras indígenas da atualidade. De origem potiguara, trabalha com projetos de propriedade intelectual indígena e participa da Rede Grumin de Mulheres Indígenas. Entre seus livros, estão O pássaro encantado (Jujuba, 2014) e A cura da Terra (Editora do Brasil, 2015).
4 – Graça Graúna
Ela é escritora, mas também pesquisa a literatura infantil. Mais especificamente: mitos indígenas na literatura infantil, tema de seu mestrado. Graça Graúna é autora de Criaturas de Ñanderu (Amarilys Editora, 2009).
5 – Heloisa Pires Lima
Ela já é conhecida na literatura infantil, em que atua há mais de 20 anos. Mas tudo começou durante seu trabalho como antropóloga e educadora. Heloisa começou a notar a ausência de personagens negras nas histórias literárias e, então, passou a estudá-las e escrevê-las. Hoje, já realizou trabalhos de organizar antologias com protagonistas negros, como O pescador de histórias (editora Peirópolis, 2004). editar selos e escrever seus próprios livros. Entre eles, estão Histórias da Preta (Companhia das Letrinhas, 1998) e A semente que veio da África (Salamandra, 2005).
6 – Kiusam de Oliveira
Kiusam também trabalhou no setor público, atuando no município de Diadema entre 2005 e 2016. Ali foi chefe de educação especial e assessora na Secretaria de Cultura de Diadema, nos assuntos da cultura voltada para as questões de gênero e raça. Como escritora, tem publicados livros como Omo oba: histórias de princesas (Mazza Edições, 2009) e O mundo no black power de Tayó (Peirópolis, 2017).
7- Lia Minápoty
Da etnia Maraguá, que vive no estado do Amazonas, Lia colaborou para Nós — Uma antologia de literatura indígena, com o conto Guaruguá, o peixe-boi dos maraguá, que escreveu com seu marido Yaguaré Yamã. Tem ainda outros livros publicados, como Com a noite veio o sono (Leya, 2011) e A árvore de carne e outros contos (Tordesilhinhas, 2012). Ela ainda é palestrante e militante da causa indígena.
8 – Nilma Lino Gomes
Se você quiser conhecer a obra de Nilma, pode procurar por livros como O menino coração de tambor (Mazza Edições, 2013) e Betina (Mazza Edições, 2009). Mas ela também tem uma história incrível que vale a pena conhecer: educadora e antropóloga, decidiu pesquisar sobre organização escolar, diversidade étnico-racial e movimentos sociais e educação. Tornou-se referência no tema. Também atuou no setor público como Ministra das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do governo de Dilma Rousseff, cargo que exerceu até 2016.
***
Como todo texto que se propõe a ser uma lista, muitos nomes ficaram de fora por aqui. E você? Qual autora acrescentaria nessa seleção?