O Guardador de Memórias – Material do Professor
Encontre aqui orientações didáticas para o trabalho com a leitura compartilhada do livro “O Guardador de Memórias”, de Denise Guilherme.
O Guardador de Memórias
Denise Guilherme e Rebeca Luciani
Editora Moderna
O Guardador de Memórias – livro de estreia de Denise Guilherme – traz um lindo conto sobre o que de mais precioso levamos conosco: as histórias.
Somos todos feitos de palavras. Afinal, são com elas que dizemos quem somos e narramos nosso jeito de estar no mundo. São também as narrativas que compõem as famílias, as comunidades e nos humanizam.
Ao compartilhá-las, tornamo-nos mais próximos, construímos nossas identidades e fortalecemos a nossa cultura. Mas, o que pode acontecer se nos roubam as histórias? Será possível recuperá-las?
Proposta: Leitura compartilhada e conversa apreciativa sobre o livro “O Guardador de Memórias”
Habilidades da BNCC:
(EF15LP15) Reconhecer que os textos literários fazem parte do mundo do imaginário e apresentam uma dimensão lúdica, de encantamento, valorizando-os, em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade.
(EF15LP16) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor e, mais tarde, de maneira autônoma, textos narrativos de maior porte como contos (populares, de fadas, acumulativos, de assombração etc.) e crônicas.
(EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.
(EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos.
(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da frase ou do texto.
(EF35LP26) Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais que apresentem cenários e personagens, observando os elementos da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a construção do discurso indireto e discurso direto.
Objetivos desta proposta:
Espera-se que os estudantes possam:
– Apreciar a narrativa e se envolver com ela para descobrir as memórias afetivas que cada um carrega dentro de si;
– Estabelecer relações entre as diferentes culturas, observando e analisando os costumes de um povo;
– Comentar suas impressões pessoais, ouvir os colegas e ser capaz de comentar suas opiniões e pontos de vista;
– Analisar a forma como narrador conta a história e a construção da personagem e os efeitos produzidos.
Habilidades da BNCC:
(EF15LP15) Reconhecer que os textos literários fazem parte do mundo do imaginário e apresentam uma dimensão lúdica, de encantamento, valorizando-os, em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade.
(EF15LP16) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor e, mais tarde, de maneira autônoma, textos narrativos de maior porte como contos (populares, de fadas, acumulativos, de assombração etc.) e crônicas.
(EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.
(EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos.
(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da frase ou do texto.
(EF35LP26) Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais que apresentem cenários e personagens, observando os elementos da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a construção do discurso indireto e discurso direto.
Objetivos desta proposta:
Espera-se que os estudantes possam:
– Apreciar a narrativa e se envolver com ela para descobrir as memórias afetivas que cada um carrega dentro de si;
– Estabelecer relações entre as diferentes culturas, observando e analisando os costumes de um povo;
– Comentar suas impressões pessoais, ouvir os colegas e ser capaz de comentar suas opiniões e pontos de vista;
– Analisar a forma como narrador conta a história e a construção da personagem e os efeitos produzidos.
Lendo com seus alunos o livro “O Guardador de Memórias”
Qual será o papel de um guardador de memórias? Essa pergunta pode disparar uma boa conversa em torno do conteúdo temático do livro, além de permitir antecipar possíveis acontecimentos e fazer com que os estudantes estabeleçam relações com as experiências pessoais.
– Quais memórias um guardador seleciona para guardar?
– Onde essas memórias ficam armazenadas?
Ouvir os comentários sem validar nem refutar nenhum é o que se espera desse momento inicial. Durante a leitura, algumas hipóteses podem se confirmar e serem novamente fontes para fomentar a reflexão e o debate.
Para compreender melhor o guardador de memórias, destaque as descrições do menino e do lugar em que vive. Chame atenção para o fato de o leitor não conseguir identificar um povo específico, justamente para ser possível que mais pessoas se identifiquem com a narrativa. De toda forma, podemos afirmar que se trata de um povo antigo, tradicional, que tinha como costume ter guardiões das histórias vividas para serem passadas de geração em geração.
Em uma certa passagem da história, sabemos que estrangeiros invadiram a aldeia e destruíram tudo o que de mais valioso possuíam: suas terras e histórias. Podemos entender os potes no sentido literal e metafórico e promover uma discussão a esse respeito permitirá aos estudantes acessarem camadas mais profundas da compreensão leitora.
“Para que nenhuma memória daquele povo se mantivesse.” Foi isso que o guardador de memórias disse quando os estrangeiros invadiram suas terras. Essa situação pode ser comparada com alguma história real? Qual intenção de um povo querer que a memória do outro seja apagada? O que isso provoca nos moradores da aldeia?
Não são respostas únicas nem simples de serem respondidas. Podemos criar uma expectativa, a depender dos conhecimentos do grupo, de que possam relacionar esses acontecimentos com o período em que os europeus chegaram no Brasil, e até mesmo ao número cada vez mais reduzido de aldeias indígenas hoje.
Além disso, outro aspecto interessante e potente é como o menino resgata dentro de si as memórias coletadas. Percebe, então, que as palavras podem transformar o mundo. Novamente, há muitos sentidos para essa construção e conversar sobre isso permitirá ampliar bastante o que as palavras podem fazer para transformar a vida daquela aldeia e também a nossa: de que narrativas somos formados?
As ilustrações valem a pena ser apreciadas para os leitores observarem os detalhes e as riquezas no uso das cores, na caracterização das personagens e dos costumes desse povo tão peculiar.
Não deixe de comentar que Denise Guilherme, autora do livro, é criadora de A Taba, empresa pela qual se dedica a promover encontros entre leitores e boas histórias e na qual envia os livros que recebem para serem lidos na escola.
Um desdobramento possível
As palavras pedem espaço para serem ditas por meio das memórias dos estudantes. A sugestão é fazer uma roda de conversa para que cada um possa resgatar suas memórias e selecionar aquelas mais marcantes para compartilhar com os colegas. A depender do número de alunos na turma e com a intenção da atividade não ficar cansativa, é possível dividi-los em pequenos grupos de modo que os relatos sejam feitos com menos crianças. Para servir de modelo aos demais e para disparar o trabalho, comece você a contar uma experiência marcante de sua vida. No final, tente estabelecer relação entre as memórias do grupo, pensando se elas estão relacionadas à pessoas especiais, como familiares e amigos, ou ainda a acontecimentos importantes como aniversário ou outra data comemorativa.
Indicadores de avaliação
Ao longo das situações de leitura, alguns indicadores poderão nortear a observação e análises dos avanços de cada estudante em relação a certos comportamentos do leitor:
– Antecipam e formulam hipóteses sobre a leitura a partir de diferentes informações (ilustrações, paratextos, etc)?
– Participam das conversas expressando os efeitos que a leitura lhes produziu, a partir de uma resposta estética e pessoal?
– Comentam e selecionam trechos ou episódios de seu interesse e fundamentam suas preferências?
– Ouvem a opinião dos colegas e opinam sobre o que ouviram?
– Solicitam ao professor a releitura de passagens do texto com algum propósito específico?
Essas questões são as mesmas apresentadas anteriormente, o que vale observar se houve ou não mudanças em relação as leituras já feitas, para analisar os progressos do desenvolvimento dos comportamentos leitores de cada estudante e poder assim contribuir para reorientar a prática pedagógica de leitura.