Livros do mês – Outubro (2022)

Os livros do mês de outubro selecionados pela nossa equipe de curadoras para os assinantes do Clube de Leitores A Taba obras que mostram a riqueza da nossa cultura, seja na figura de animais, seja na floresta ou nas reflexões sobre a sabedoria popular. Será que tudo que a gente ouve é verdade? Há também livros com protagonistas femininas, uma bem esperta, que esbarra em um suposto “problema” que a impede de viver aventuras  e outra inocente, que vai fazer de tudo para realizar seu desejo. E, por fim, um convite a valorizar as pequenas coisas da vida.  Veja mais!

O Boi e a Menina – categoria Bebês

Em “O Boi e A Menina”, Bruna Lubambo celebra a figura do boi, a estrela do folclore brasileiro, principalmente longe das grandes cidades. Naquela noite enluarada, clara como o dia, a menina se levanta e vai viver o folguedo do boi-a-serra (Centro-Oeste) ou boi-de-mamão (Sul) ou ainda boi-bumbá (Norte). É isso mesmo que você leu: de Norte a Sul do Brasil, as brincadeiras do boi encantam crianças e adultos, de dia e à noite. Que tal entrar na brincadeira com a menina? Afinal, a noite é para dormir, mas por vezes, também é para brincar.

Assim Fica Demonstrado – categoria Iniciantes

Bolo quente dá mesmo dor de barriga? E leite com manga realmente faz mal? Ah, quantas “verdades” como essas a gente ouve ao longo da vida, não é mesmo? Passadas de geração em geração, elas fazem parte do imaginário social brasileiro (e, algumas, do mundial), mas será que de fato fazem algum sentido? Em “Assim Fica Demonstrado”, Nicolás Schuff recorre ao bordão matemático quod erat demonstrandum para, através da união entre lógica e imaginação, “provar” que algumas dessas “verdades” não fazem mesmo o menor sentido. Através de evidências divertidas e lunáticas, o livro é daqueles que dão vontade de revisitar de tempos em tempos, tamanho é seu potencial interpretativo e imaginativo.

A história de Jemima Patapocinha – categoria Autônomos

A adorável Jemima Patapocinha era uma pata que queria tanto, mas tanto poder chocar seus próprios ovos que resolveu ir para bem longe da fazenda encontrar um lugar quentinho e aconchegante para realizar seu desejo, mas não sem antes cair no papo furado de um senhor muito elegante, mas também mal-intencionado. E agora? O que vai acontecer com Jemima e seus adoráveis ovinhos? Será que o valente Kep vai conseguir ajudá-la? Em “A História de Jemima Patapocinha”, Beatrix Potter leva seus leitores para viver uma verdadeira aventura repleta de momentos de mistério e antecipação. Uma fábula sobre o que estamos dispostos a fazer para realizar nossos desejos, você não vai conseguir largar esse livro até descobrir o que será da doce, mas muito inocente, Jemima.

Lendas Amazônicas – categoria Experientes

Não se engane pelo título: mais do que lendas, este livro é uma verdadeira enciclopédia sobre a floresta, já que a cada virada de página nos deparamos com um universo de informações, símbolos e história. A estrutura do livro, dividida em cinco partes, auxilia o leitor a compreender os muitos elementos que compõem a harmonia (e os perigos) da floresta a partir de um ponto de vista fundamental: o das pessoas que ali vivem. Fruto do projeto Tecendo Saberes, conduzido por Marie Ange Bordas ao longo de três anos com comunidades ribeirinhas na região do Baixo Amazonas (Pará), o livro dá voz e lápis de cor às crianças com as quais ela trabalhou. O resultado é um livro narrado e ilustrado pelos verdadeiros guardiões da floresta, que encantam e ensinam seus leitores sobre a riqueza deste bioma único.

As aventuras do Sargento Verde – categoria Jovens I

Uma menina esperta, corajosa, com sede de aventura e que não foge do perigo. Parece uma excelente combinação, não fosse por um único “problema”: é uma menina. E agora? Nasce então As aventuras do Sargento Verde, personagem popular de contos de origem oral que, nas mãos de Helena Gomes, vive uma aventura atrás da outra, daquelas que é impossível largar.

A vida na porta da geladeira – categoria Jovens II

Há nem tanto tempo atrás, quando os celulares e aplicativos de mensagens não haviam dominado a comunicação cotidiana, era costume deixar bilhetes para os demais moradores de uma casa para dar avisos ou instruções. A britânica Alice Kuipers adiciona camadas de significado a este hábito ao narrar, através dos bilhetes que Claire e sua mãe deixam na porta da geladeira, um período doloroso em suas vidas: a mãe está doente e precisando cada vez mais da ajuda da filha que, entre escola, namorados e amigos, vai ter de aprender rapidamente o valor das pequenas coisas da vida. Entre broncas, palavras de incentivo, listas de supermercado e desabafos, ambas refletem a complexa relação que existe entre mães e filhas, tão difícil de explicar, mas tão fácil de sentir.